Como as benfeitorias impactam a gestão de imóveis?

Imagem ilustrativa de duas pessoas realizando uma benfeitoria, concerto em uma casa.

No dia a dia do mercado imobiliário, lidar com imóveis vai muito além de anunciar, vender ou alugar. 

Questões como reformas, melhorias e adaptações feitas em um imóvel podem gerar impactos diretos na valorização do patrimônio, na relação entre locador e locatário, e até nos resultados da sua imobiliária.

Entender o que são benfeitorias, os diferentes tipos e como elas se aplicam no contexto de uma locação ou administração de imóveis é essencial para tomar decisões estratégicas e evitar conflitos. 

Por isso, neste artigo reunimos tudo o que você precisa saber sobre benfeitorias, quais os tipos, por que investir e muito mais.

Assuntos que você irá encontrar:

O que são benfeitorias?

Benfeitorias são todas as modificações, obras ou melhorias realizadas em um imóvel com o objetivo de conservá-lo, torná-lo mais funcional ou valorizá-lo. 

No contexto imobiliário, essas intervenções podem ser feitas tanto por proprietários quanto por inquilinos e impactam diretamente na gestão, valorização e comercialização do imóvel.

Na prática, benfeitorias vão desde reparos básicos, como consertos hidráulicos, até reformas mais robustas, como a instalação de uma nova cobertura ou a troca do piso. 

Por isso, é essencial que corretores e gestores imobiliários compreendam o que se enquadra como benfeitoria, pois isso influencia negociações, contratos de locação e até o valor de revenda do imóvel.

Quais os tipos de benfeitorias?

As benfeitorias são classificadas em três tipos principais: necessárias, úteis e voluptuárias

Essa divisão é importante porque define não apenas a função da melhoria, mas também quem deve arcar com os custos e se há ou não direito à indenização, o que faz toda a diferença nos contratos de locação e na rotina da gestão imobiliária.

1. Benfeitorias necessárias

São aquelas essenciais para conservar o imóvel e evitar sua deterioração. Envolvem reparos estruturais e problemas que, se não forem resolvidos, podem comprometer o uso do imóvel.

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Exemplos: conserto de infiltrações, troca de telhado danificado, correção de falhas elétricas graves.

Indenizáveis? Sim, são sempre indenizáveis, mesmo sem autorização do proprietário, desde que comprovada a urgência.

2. Benfeitorias úteis

Melhoram o uso do imóvel e aumentam sua funcionalidade, mesmo que não sejam indispensáveis. São bastante comuns em imóveis alugados e muitas vezes feitas por iniciativa do locatário.

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Exemplos: instalação de prateleiras, armários planejados, grades de segurança ou divisórias.

Indenizáveis? Sim, mas apenas com autorização prévia do proprietário.

3. Benfeitorias voluptuárias

São melhorias voltadas ao conforto ou estética, sem impacto funcional direto. Costumam ser opcionais e, geralmente, feitas por desejo pessoal do ocupante.

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Exemplos: pintura decorativa, instalação de lustres sofisticados, paisagismo no jardim.

Indenizáveis? Não, salvo se houver acordo contratual específico.

Quais os benefícios das benfeitorias?

Além de manter o imóvel em boas condições, as benfeitorias oferecem uma série de benefícios estratégicos para todos os envolvidos no mercado imobiliário, confira: 

Valorização do imóvel: benfeitorias bem planejadas e executadas aumentam o valor de mercado da propriedade. 

Um imóvel com melhorias estruturais, funcionais e estéticas tende a se destacar nos portais de busca e a atrair mais interessados, o que pode encurtar o tempo de vacância e permitir uma negociação mais favorável.

Redução de custos com manutenção corretiva: ao realizar melhorias preventivas, como troca de fiação antiga ou impermeabilização de áreas vulneráveis, evita-se problemas maiores no futuro. 

Isso diminui os chamados de manutenção e reduz os custos com reparos emergenciais.

Melhoria na experiência do inquilino: imóveis que recebem benfeitorias, oferecem mais conforto e praticidade. Isso ajuda a reter bons inquilinos, aumenta o tempo de permanência no imóvel e diminui a rotatividade.

Maior transparência na gestão: quando as benfeitorias são registradas e comunicadas de forma clara entre as partes, seja por contrato ou por vistorias de imóveis, a gestão se torna mais transparente. 

Isso evita disputas judiciais e fortalece o relacionamento entre locador, locatário e imobiliária.

Diferencial competitivo para a imobiliária: gestores que sabem orientar sobre benfeitorias agregam valor ao serviço prestado. 

Oferecer suporte na decisão e planejamento de melhorias posiciona a imobiliária como consultora e parceira estratégica, não apenas como intermediadora de contratos.

Quais benfeitorias são indenizáveis?

Para saber quais melhorias podem ser reembolsadas pelo proprietário ao final do contrato de locação, é preciso observar tanto a classificação da benfeitoria quanto o que foi acordado entre as partes no contrato.

✅ Benfeitorias necessárias
São sempre indenizáveis. Isso porque envolvem a conservação do imóvel e, muitas vezes, precisam ser feitas com urgência.

✅ Benfeitorias úteis (com autorização)
São indenizáveis apenas se houver autorização prévia e expressa do locador.
Sem esse aval, mesmo que a benfeitoria traga melhorias reais ao imóvel, o locatário corre o risco de não ser reembolsado.

❌ Benfeitorias voluptuárias
Não são indenizáveis.
Essas benfeitorias têm caráter estético ou de luxo e, por isso, não geram obrigação de ressarcimento, a menos que exista cláusula contratual específica prevendo isso.

💡
Dica para corretores e gestores imobiliários:

É fundamental que os contratos de locação deixem claro o que pode ou não ser feito no imóvel, e sob quais condições o inquilino terá direito à indenização.

Além disso, manter um bom registro de vistoria e atualizações ajuda a evitar surpresas e conflitos no encerramento do contrato.

Como fica a situação de locador e locatário?

A realização de benfeitorias em um imóvel alugado pode gerar dúvidas, e até conflitos se não houver clareza nos papéis e responsabilidades de cada parte. 

Por isso, entender como a legislação trata essa relação é essencial para corretores e gestores orientarem bem seus clientes e evitarem problemas no futuro.

Locador

O locador é responsável por entregar o imóvel em condições de uso e garantir a manutenção estrutural do bem. Isso inclui:

  • Arcar com benfeitorias necessárias não realizadas pelo inquilino;
  • Autorizar previamente benfeitorias úteis, caso queira evitar conflitos futuros;
  • Avaliar benfeitorias voluptuárias e decidir, com liberdade, se quer mantê-las ao fim do contrato.

Locatário

O inquilino deve zelar pelo imóvel e comunicar o proprietário sobre a necessidade de benfeitorias. Ele pode:

  • Realizar benfeitorias necessárias, mesmo sem autorização, caso haja urgência;
  • Fazer benfeitorias úteis, com a devida autorização, se quiser ter direito à indenização;
  • Realizar benfeitorias voluptuárias, mas sem direito a reembolso e ciente de que pode precisar reverter as alterações ao final da locação.

O que diz a Lei do Inquilinato?

A Lei nº 8.245/91, que regula as locações urbanas no Brasil, define que:

O locatário pode reter o imóvel até ser indenizado, caso tenha direito e o valor não tenha sido pago (art. 35).

Por que investir em benfeitorias é estratégico para as imobiliárias?

Investir em benfeitorias é uma estratégia inteligente para imobiliárias que desejam valorizar seus imóveis administrados, reduzir a vacância e fortalecer a relação com proprietários e inquilinos. 

Ao orientar e acompanhar melhorias, a imobiliária agrega valor ao portfólio, tornando os imóveis mais atrativos para o mercado. 

Isso se reflete em contratos fechados mais rapidamente, aluguéis mais competitivos e uma experiência superior para os clientes.

Além disso, a atuação consultiva na gestão de benfeitorias diferencia a imobiliária da concorrência. 

Em vez de apenas intermediar contratos, a empresa passa a atuar como uma parceira estratégica do proprietário, ajudando na valorização do patrimônio. 

Isso também fortalece o vínculo com os inquilinos, que percebem mais cuidado e profissionalismo na condução da locação — o que contribui para a fidelização e a permanência por mais tempo no imóvel.

Proprietários satisfeitos tendem a manter contratos de administração por mais tempo e a recomendar a imobiliária para outras pessoas, aumentando o valor gerado por cliente ao longo do tempo (LTV). 

Ou seja, promover benfeitorias com inteligência é um diferencial competitivo e um motor de crescimento sustentável.

Quais exemplos de benfeitorias que fazem diferença nos resultados?

No dia a dia da gestão imobiliária, algumas benfeitorias se destacam por realmente impactarem os resultados, seja pela valorização do imóvel, pela atratividade no anúncio ou pela retenção de inquilinos. 

Conhecer esses exemplos ajuda corretores e gestores a fazerem recomendações mais estratégicas e alinhadas com o perfil de cada imóvel.

1. Instalação de armários planejados: especialmente em cozinhas e quartos, armários embutidos são uma das melhorias mais valorizadas por inquilinos. 

Agregam funcionalidade, organização e ainda valorizam o imóvel visualmente.

2. Revestimentos e pisos de qualidade: trocar pisos antigos por modelos mais modernos e de fácil limpeza, como porcelanato ou vinílico, gera grande impacto na percepção do imóvel. 

Além disso, reduz custos futuros com manutenção.

3. Iluminação e ventilação: benfeitorias como instalação de luminárias, spots de LED e ventiladores de teto (ou mesmo ar-condicionado) melhoram significativamente o conforto e o apelo do imóvel, sobretudo em regiões mais quentes.

4. Segurança: a instalação de grades, interfone, fechaduras digitais ou câmeras em áreas comuns transmite mais tranquilidade para o inquilino e pode ser um diferencial decisivo no fechamento do contrato.

5. Áreas externas bem cuidadas: em imóveis com pátio, jardim ou sacada, melhorias como paisagismo, pintura e mobiliário externo simples aumentam a atratividade e geram mais destaque nos anúncios.

💡
A dica é sempre alinhar essas melhorias com o perfil do imóvel, a localização e o público-alvo.

Em muitos casos, pequenas mudanças geram um grande retorno — tanto em valor percebido quanto na agilidade para fechar negócios.

Como um CRM imobiliário auxilia no planejamento de benfeitorias?

Um bom CRM imobiliário vai muito além da organização de leads ou gestão de imóveis, ele também pode ser um aliado estratégico no planejamento e acompanhamento de benfeitorias. 

Com um CRM completo, é possível registrar e acompanhar o histórico de cada imóvel, incluindo melhorias realizadas, datas de manutenção, fotos atualizadas e anotações relevantes. 

Isso facilita o planejamento de benfeitorias futuras e evita retrabalho ou perda de informações importantes, especialmente em equipes maiores. 

Além disso, com esses dados centralizados, o gestor tem mais embasamento para sugerir intervenções que realmente agregam valor ao imóvel.

No fim das contas, um sistema bem utilizado fortalece o relacionamento com os clientes, valoriza o serviço da imobiliária e melhora o desempenho operacional.

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