
O mercado imobiliário brasileiro segue em constante transformação, impulsionado por mudanças econômicas, políticas e de comportamento dos consumidores.
Neste artigo, você confere as principais notícias que estão impactando investidores, corretores e compradores.
Entre os destaques, trazemos a possível ampliação da faixa de renda do Minha Casa, Minha Vida, uma medida que visa aumentar o acesso à moradia popular.
Além disso, também trazemos uma análise sobre as mudanças no perfil das famílias brasileiras e como isso influencia a demanda por novos tipos de imóveis.
No cenário econômico, a recente decisão do Copom de elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano - o maior patamar desde 2016 - levanta questionamentos sobre o futuro do crédito imobiliário e do setor como um todo.
E não para por aí! O boom do mercado de luxo no litoral norte de Santa Catarina e o crescimento acelerado de João Pessoa como destino imobiliário, está movimentando o mercado e trazendo o turismo para o topo.
Quer entender como essas mudanças impactam o setor e quais oportunidades surgem a partir delas? Continue lendo e fique por dentro das últimas tendências do mercado imobiliário!
Assuntos que você irá encontrar:
- Governo Lula quer ampliar faixa de renda do Minha Casa, Minha Vida;
- O novo perfil das famílias e o impacto no mercado imobiliário;
- Copom eleva taxa Selic para 14,25% ao ano: maior índice desde 2016;
- Experiências impulsionam mercado de luxo no litoral norte de SC;
- Com turismo em ascensão, João Pessoa vive boom imobiliário.
Governo Lula quer ampliar faixa de renda do Minha Casa, Minha Vida

O governo Lula estuda expandir o programa Minha Casa, Minha Vida para beneficiar famílias com renda bruta de até R$12 mil mensais.
Hoje, o limite máximo é de R$8 mil, e a possível mudança busca facilitar o acesso da classe média à casa própria.
Segundo informações da Folha de São Paulo, um técnico do governo revelou que a ampliação considera a redução de recursos da poupança, que impacta o financiamento imobiliário.
Se aprovada, a medida pode aquecer o mercado imobiliário e ampliar o alcance do programa habitacional.
A ampliação da faixa de renda do programa já era uma promessa de Lula desde 2023 e pode sair do papel com uma injeção de R$15 bilhões do Fundo Social, solicitada pelo governo no dia 14 de março.
A expectativa é que a nova faixa de renda seja incluída no MCMV já em abril, oferecendo juros mais baixos para financiamento.
De acordo com as regras atuais, famílias na faixa 3 (renda entre R$4.700,01 e R$8 mil) pagam taxas de até 8,16% ao ano, sem subsídios governamentais.
O limite atual para compra de imóveis nessa categoria é de R$350 mil, mas, com a ampliação, o teto pode subir para R$450 mil ou mais.
Além disso, a inclusão de uma nova faixa pode aliviar a demanda por recursos da poupança, fator que recentemente levou a Caixa a mudar as regras de financiamento.
O programa Minha Casa, Minha Vida é dividido em três faixas de renda, cada uma com condições específicas de financiamento e taxas de juros proporcionais.
Faixa 2: de R$2.640,01 a R$4.400,00 por mês.
Faixa 3: de R$4.400,01 a R$8.000,00 por mês.
O novo perfil das famílias e o impacto no mercado imobiliário
O mercado imobiliário brasileiro está passando por uma grande transformação, impulsionada por mudanças nos hábitos de moradia e na estrutura familiar.
Nos últimos anos, o número médio de moradores por residência caiu de 3 para 2,8, segundo o IBGE. Esse movimento reflete o crescimento das famílias unipessoais, que aumentaram 38% entre 2018 e 2023.
Com esse novo perfil demográfico e desafios econômicos no radar, o setor imobiliário se reinventa.
A busca por imóveis menores e mais funcionais está em alta, seja para compra ou aluguel.
Ou seja, jovens adultos, casais sem filhos e idosos que optam por morar sozinhos são os principais impulsionadores dessa tendência.
E os números comprovam essas mudanças. Um levantamento feito pelo Banco Central revelou que entre 2018 e 2024, a metragem total dos imóveis financiados caiu 12,75%, enquanto a área privativa dos apartamentos encolheu 6% no mesmo período.
Pensando nessa nova realidade o mercado já está se adaptando e tem apostado cada vez mais em projetos compactos e bem planejados, com unidades de até 40 m².
A ideia é unir praticidade, menor custo e localização estratégica para atender às novas necessidades dos consumidores.
Inclusive, a Caixa Econômica Federal tem registrado um aumento significativo na concessão de crédito para imóveis compactos.
Em 2019, por exemplo, apenas 5,8% dos financiamentos eram para unidades de até 40 m². Já em 2024, esse percentual subiu para 10,83%, mostrando o impacto real dessa nova tendência de moradia.
Por que os imóveis menores têm ganhado destaque no mercado de aluguel?
Um dos principais fatores é a acessibilidade financeira, já que o valor do aluguel tende a ser mais baixo, tornando-se uma opção viável para um número maior de pessoas.
Além disso, unidades compactas geralmente estão localizadas em áreas estratégicas, permitindo que os inquilinos mantenham um bom padrão de infraestrutura e serviços sem comprometer tanto o orçamento.
Outro ponto que impulsiona essa tendência é a redução da burocracia no processo de locação.
Com a digitalização do setor e novas formas de garantia locatícia, alugar um imóvel se tornou mais rápido, prático e descomplicado.
Portanto, enquanto a compra de um imóvel maior costumava ser considerada uma meta padrão, hoje fatores como flexibilidade, mobilidade urbana e viabilidade financeira têm se tornado essenciais na decisão de moradia.
Para o setor imobiliário, se adaptar a essa nova realidade será fundamental para atender às necessidades da sociedade nos próximos anos.
Copom eleva taxa Selic para 14,25% ao ano: maior índice desde 2016
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na última quarta-feira (19) um novo aumento na taxa Selic, que passou de 13,25% para 14,25% ao ano.
A decisão, tomada por unanimidade, marca o maior patamar desde a crise econômica do governo Dilma (2015-2016), quando a taxa também chegou a esse nível.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve como referência para os juros cobrados em empréstimos, financiamentos e até investimentos.
Na prática, quanto mais alta a Selic, mais caro fica o crédito, o que pode desestimular o consumo e segurar a inflação.
Mas afinal, quais são os próximos passos?
Em comunicado oficial, o Banco Central indicou que um novo aumento na Selic não está descartado. A próxima reunião do Copom já está marcada para os dias 6 e 7 de maio.
Com esse novo reajuste, a Selic registra sua quinta alta consecutiva. O motivo? A inflação segue pressionando a economia, mesmo após um crescimento de 3,4% no PIB no último ano.
O Banco Central justifica o aumento da Selic com base em alguns fatores que mantêm a inflação elevada:
- Atividade econômica aquecida;
- Mercado de trabalho forte;
- Gastos públicos em alta;
- Pressões externas, como a valorização do dólar.
O que diz o governo?
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, preferiu não comentar a decisão antes da publicação da ata oficial do Copom.
No entanto, ele minimizou o impacto do anúncio, afirmando que o mercado já esperava essa alta.
Essa foi a segunda reunião do Copom sob a liderança de Gabriel Galípolo, presidente do BC indicado por Lula. Além disso, os diretores indicados pelo atual governo agora são maioria no colegiado.
Vale lembrar que, desde 2021, o Banco Central tem autonomia operacional, o que significa que seus diretores têm mandatos fixos, independentemente do governo no poder.
E agora, o que esperar? A próxima reunião do Copom pode trazer novos ajustes nos juros, dependendo do comportamento da inflação e da economia global.
Experiências impulsionam mercado de luxo no litoral norte de SC
Não é novidade nenhuma que o litoral norte de Santa Catarina é conhecido pelas suas construções e praias luxuosas, certo?
No entanto, as cidades da costa catarinense têm atraído um perfil de investidor cada vez mais exigente.
Esse novo consumidor não busca apenas um imóvel de luxo, mas também qualidade de vida, bem-estar e uma maior conexão com a natureza.
Itajaí, por exemplo, consolidada como um polo industrial e náutico, tem se tornado um destino estratégico para executivos e suas famílias.
A cidade, que possui o maior PIB de Santa Catarina, está impulsionando o mercado imobiliário de alto padrão e se tornando referência na área.
Por outro lado, a Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú, se destaca por projetos exclusivos que aliam luxo à sustentabilidade, garantindo que a preservação ambiental seja um fator importante a longo prazo.
O impacto das experiências no consumo de luxo no Brasil
O estudo anual da Bain & Company, empresa americana de consultoria de gestão, sobre o mercado de luxo aponta que, até 2030, o Brasil verá um crescimento no número de consumidores de luxo de classe média alta.
Esse movimento também se reflete no mercado imobiliário, especialmente no Brasil, onde cidades do litoral se destacam pela valorização de imóveis e pela oferta de experiências diferenciadas.
De acordo com o relatório The Wealth Report 2025, os investidores de alto padrão agora priorizam aspectos como sustentabilidade e contato com a natureza, além da valorização patrimonial.
Além disso, a Praia do Estaleiro está se tornando o lugar perfeito para quem quer luxo, mas sem abrir mão da natureza.
Com regras que limitam a construção a apenas 40% do terreno e um veto total a prédios altos, o local garante privacidade e um visual incrível, atraindo quem valoriza exclusividade e sustentabilidade.
Portanto, no litoral norte de Santa Catarina, o mercado imobiliário de luxo está evoluindo para atender um novo tipo de investidor - aquele que busca muito mais do que um imóvel de alto padrão.
Por lá, qualidade de vida, contato com a natureza e experiências únicas fazem toda a diferença.
Com turismo em ascensão, João Pessoa vive boom imobiliário

Com praias de águas mornas, um centro histórico encantador e um clima acolhedor, a capital paraibana tem se consolidado como um dos destinos turísticos mais procurados do Nordeste, de acordo com o Ministério do Turismo.
Esse crescimento no turismo não só aquece a economia local, mas também impulsiona o mercado imobiliário, que segue em ritmo acelerado.
Segundo o Censo do IBGE, a população da cidade cresceu 15,3% em 2022, tornando João Pessoa um verdadeiro imã para novos moradores e investidores.
Além disso, publicações especializadas, como o My Side Guia de Imóveis, mostram que o valor do metro quadrado continua atraente, girando em torno de R$7.183,00 - um ótimo sinal para quem busca valorização patrimonial.
Já para quem mira o mercado de luxo, é bom preparar o bolso, pois os preços podem ultrapassar os R$10.000,00 por metro quadrado.
Junto a isso, projetos arquitetônicos inovadores vêm ganhando destaque, unindo o talento de arquitetos locais à expertise de estúdios internacionais, como o renomado Pininfarina.
E o resultado disso? Empreendimentos que combinam design contemporâneo e biofilia, trazendo mais sustentabilidade e bem-estar para os espaços urbanos.
Se engana quem pensa que foram apenas as construtoras que precisaram se reinventar. Imobiliárias e corretores também tiveram que se adaptar a um público cada vez mais exigente e globalizado.
Com clientes de diferentes gerações e idiomas, o setor investiu pesado em tecnologia e capacitação para manter a competitividade.
Turismo em alta, mercado imobiliário em expansão
A combinação do boom turístico com a valorização imobiliária tem transformado a cidade em um polo de oportunidades.
Segundo a PBTUR, empresa paraibana de turismo, João Pessoa alcançou o 10º lugar entre os destinos mais procurados para o Carnaval de 2025, reforçando o crescimento do turismo na região.
Essa alta demanda tem impactado diretamente o setor imobiliário, impulsionando novos investimentos.
Com investimentos em sustentabilidade, tecnologia e qualificação, a capital paraibana segue uma trajetória de crescimento estruturado, atraindo investidores e consolidando-se como um dos mercados imobiliários mais promissores do Brasil.
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