A mediação imobiliária está se tornando uma ferramenta cada vez mais valiosa no campo das transações imobiliárias, oferecendo uma alternativa eficaz para facilitar acordos entre as partes envolvidas.
Este método de resolução de conflitos envolve um mediador imparcial que ajuda compradores, vendedores, locadores e locatários a alcançarem soluções mutuamente satisfatórias.
Desse modo, este processo não só auxilia os profissionais imobiliários a navegarem com mais eficiência pela jornada de compra, mas também contribui para a produtividade ao simplificar os processos.
Sendo assim, a mediação se torna relevante, pois diminui a dependência em ações judiciais, conhecidas por prolongar a conclusão de processos imobiliários, e essencial para reduzir o tempo e os recursos gastos pela equipe de vendas.
Portanto, nesta publicação reunimos tudo que você precisa saber sobre mediação imobiliária, quais as vantagens, como esse profissional atua e muito mais.
Assuntos que você irá encontrar:
- O que é mediação imobiliária?
- Quem pode atuar como mediador imobiliário?
- Vantagens de uma mediação imobiliária;
- Como funciona o contrato de mediação imobiliária?
- Quando a mediação imobiliária é indicada?
- Qual a diferença de mediação e corretagem?
- Mediação imobiliária e a legalização;
- O que é a cultura do litígio?
- Mediação imobiliária e a cultura do litígio;
- Dicas de como implementar a mediação imobiliária.
O que é mediação imobiliária?
A mediação imobiliária é um método de negociação assistida para facilitar a realização de transações entre compradores e vendedores de imóveis, ou locadores e locatários.
Neste processo, um mediador qualificado e imparcial atua como facilitador entre as partes envolvidas, identificando as necessidades e interesses de cada uma e sugerindo soluções mutuamente benéficas.
Quando ocorrem conflitos ou impasses entre as partes, este método é empregado para melhorar a comunicação e alcançar um acordo que seja vantajoso para todos.
Portanto, esse processo é essencial para aqueles que desejam solucionar divergências sem se envolver em disputas que se tornam prolongadas e exaustivas.
Quem pode atuar como mediador imobiliário?
Para exercer a função de mediador imobiliário, é necessário obter o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci).
Além de uma compreensão técnica e detalhada do mercado imobiliário e das leis relevantes, é recomendável possuir uma formação em mediação, que pode ser encontrada em cursos certificados.
Desse modo, as competências essenciais para o sucesso neste campo incluem não apenas habilidade técnica, mas também excelentes capacidades de comunicação, empatia e aptidão para conduzir negociações de maneira imparcial e neutra.
Vantagens de uma mediação imobiliária
A mediação imobiliária possui a vantagem de facilitar a negociação de valores e questões associadas à propriedade, incluindo rupturas de contratos.
Um exemplo prático de mediação imobiliária poderia ser a apresentação de uma proposta para resolver um conflito de interesses na rescisão de um contrato de locação.
Saiba mais como fazer um contrato de locação:
Por meio de uma negociação neutra, busca-se alcançar um acordo satisfatório e amigável para ambas as partes.
Portanto, esse processo de diálogo e acordo contribui para a rapidez na resolução do processo, uma vez que os pontos de desacordo são abordados e solucionados por meio de uma conversa, ou seja, uma comunicação eficaz.
Como funciona o contrato de mediação imobiliária?
Apesar da mediação parecer algo mais informal por ser resolvido como um acordo, todo o processo necessita de uma formalização em contrato.
É importante que este documento seja elaborado de maneira detalhada, assegurando que todos os termos e condições estejam claramente documentados, garantindo a legalidade e os direitos estabelecidos ao final do processo.
O contrato deve conter detalhes como:
- Características da propriedade;
- Responsabilidade civil coberta, com garantias financeiras ou institucionais que assegurem as apólices e protejam o valor do imóvel;
- Contribuições de um agente imobiliário para a preparação do contrato;
- Cláusulas que definem a exclusividade do acordo entre a empresa de mediação e o cliente;
- Termos de remuneração para a empresa, incluindo detalhes sobre a forma de pagamento e a aplicação de Taxa de IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
Quando a mediação imobiliária é indicada?
A mediação imobiliária é indicada em várias circunstâncias, desde que estejam relacionadas à compra, venda, locação ou gestão de imóveis.
Segue uma lista de situações comuns nas quais a intervenção desse profissional se faz necessária:
Incapacidade de acordo
Essa situação é necessária quando as partes envolvidas são incapazes de alcançar um acordo por si mesmas.
Dessa forma, a mediação imobiliária pode facilitar o diálogo e ajudar a encontrar soluções que satisfaçam os interesses de todos envolvidos, contribuindo para o aumento da segurança da negociação.
Conflitos
Conflitos entre locadores e locatários podem ser um desafio quando o assunto é entrar em consenso sobre aspectos do imóvel, tais como reajustes de aluguel e reparos necessários, por exemplo.
Nesse contexto, o mediador imobiliário intermedia as negociações, procurando soluções que satisfaçam ambos os lados e prevenindo litígios judiciais.
Descumprimento do contrato
Nessas situações, o mediador imobiliário trabalha para encontrar soluções que permitam às partes honrar as obrigações estabelecidas no contrato.
Ele desempenha um papel de avaliar gestores imobiliários e todos os envolvidos de potenciais complicações.
Portanto, o mediador imobiliário pode intervir em diversas fases do processo, desde a fase inicial de negociação até a resolução de conflitos.
Qual a diferença de mediação e corretagem?
A mediação imobiliária é um processo que facilita a resolução de conflitos entre partes divergentes.
Por outro lado, na corretagem imobiliária, o corretor de imóveis tem como função principal promover e concretizar transações de venda ou locação de propriedades.
Porém, um profissional pode atuar como corretor e mediador, desde que tenha habilidade e certificação para ambas funções.
Mediação imobiliária e a legalização
A Lei de Mediação, Lei nº 13.140 de 2015, representa um avanço significativo na estruturação da mediação imobiliária no Brasil, definindo diretrizes claras para a prática.
Essa legislação valida a mediação como uma forma legítima e eficaz para a resolução de conflitos, promovendo a solução amigável e ágil das disputas.
Já no Código de Processo Civil (CPC), a mediação enfatiza a valorização do diálogo, a obtenção de acordos consensuais e aborda diretrizes sobre a condução da mediação no contexto judicial.
E na Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é estabelecido políticas públicas para o tratamento adequado de disputas, promovendo o uso da mediação como uma ferramenta eficaz para aliviar a pacificação social.
Desse modo, para os profissionais do setor imobiliário, é necessário compreender essas normativas, pois elas orientam a preparação e a implementação da mediação, garantindo que as práticas estejam alinhadas aos procedimentos legais estabelecidos.
O que é a cultura do litígio?
A cultura do litígio refere-se à tendência ou preferência de uma sociedade em resolver disputas e conflitos por meio de processos legais formais, muitas vezes em tribunais.
Esse fenômeno é particularmente notável em sociedades onde há uma alta incidência de ações judiciais.
Essa cultura pode ser impulsionada por diversos fatores, incluindo:
- Crença na eficácia da justiça formal: em muitos casos, as pessoas acreditam que apenas o sistema judicial pode garantir um resultado justo e imparcial.
- Incentivos legais e financeiros: estruturas legais e sistemas de compensação podem encorajar ações judiciais como meio de obter reparação ou compensação financeira.
- Desconfiança nas alternativas: pode haver uma percepção de que métodos alternativos de resolução de disputas não são tão eficazes ou confiáveis quanto o sistema judicial.
- Aspectos culturais e educacionais: a formação educacional, as normas sociais e os valores culturais podem também reforçar a preferência pelo litígio.
A cultura do litígio é muitas vezes vista como problemática porque pode levar à sobrecarga dos tribunais, aumentar os custos legais para as partes envolvidas, e prolongar a resolução de disputas, além de fomentar um ambiente mais confrontativo em vez de colaborativo.
Mediação imobiliária e a cultura do litígio
Você que atua no mercado imobiliário sabe que resolver conflitos não é um processo rápido.
Desse modo, alternativas como conciliação, negociação e mediação frequentemente não são as primeiras escolhas devido à "cultura do litígio".
Isso indica que muitas pessoas ainda consideram os processos judiciais como a forma mais apropriada de resolver disputas.
Portanto, a utilização de comunicação mediadora e o estabelecimento de um acordo fora do âmbito jurídico são importantes. Assim, a satisfação dos envolvidos é assegurada, uma vez que a resolução é constitucionalmente derivada de um diálogo facilitado por um mediador.
Dicas de como implementar a mediação imobiliária
A implementação eficaz da mediação imobiliária requer o aprendizado e a aplicação de estratégias práticas e eficazes.
Capacitar sua equipe em mediação e resolução de conflitos é fundamental.
Investir no aprendizado não só aprimora habilidades de comunicação, empatia e negociação, mas também prepara o time para lidar proativamente com as disputas que cada um irá enfrentar.
Informar também os clientes sobre os benefícios da mediação, como economia de tempo e dinheiro, além da preservação de relações comerciais e pessoais, pode torná-los mais receptivos e cooperativos durante o processo de mediação.
Além disso, estabelecer parcerias com câmaras de mediação assegura acesso a mediadores experientes e a infraestrutura adequada para a condução profissional dos processos.
Dessa forma, é interessante criar um ambiente neutro e respeitoso, onde a comunicação é incentivada e as regras de engajamento são claras, favorecendo soluções inovadoras e consensuais no processo de negociação.
E se você chegou até aqui e busca saber mais sobre negociações no mercado imobiliário, confira nosso blog post sobre 7 dicas para ter sucesso nas negociações imobiliárias.