Mercado imobiliário brasileiro tem os investidores mais ricos do mundo

Corretor de imóveis segurando um contrato e entregando as chaves de um imóvel para o novo proprietário.

O mercado imobiliário brasileiro não para de surpreender, e os números não mentem: investidores de peso estão cada vez mais interessados no Brasil, colocando o país entre os mais rentáveis do mundo

Com o governo destinando R$18 bilhões para a faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida, o cenário se torna ainda mais promissor. 

Mas, o que está por trás dessa valorização? 

De cidades com altíssimo potencial de lucro, como Itapema, a um aumento de 2% nos preços dos imóveis já no primeiro trimestre de 2025, o Brasil se revela um destino irresistível para quem busca bons negócios. 

Neste artigo, vamos te contar por que os investidores do mercado imobiliário brasileiro estão entre os mais ricos e quais são os municípios mais promissores do país. 

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Governo destina R$18 bilhões para a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida

O programa Minha Casa Minha Vida vem passando por algumas mudanças nos últimos meses. Uma delas é a criação da faixa 4, que agora permite que famílias com renda de até R$12 mil por mês possam acessar a casa própria.

Esse movimento busca abrir as portas do programa para a classe média - que antes ficava de fora dos benefícios oferecidos pelo governo federal.

Mas, antes de comemorar, é importante entender os possíveis impactos dessa mudança, as razões políticas por trás dela e como isso pode mexer com o mercado imobiliário.

A expansão para a classe média

Com a ambiciosa meta de construir 600 mil novas unidades habitacionais até 2025, o governo irá contar com R$18 bilhões do Fundo Social para o MCMV, focando em imóveis novos e ampliando a capacidade de financiamento para a classe média. 

A faixa 4 permite que famílias de até R$12 mil de renda mensal adquiram imóveis de até R$500 mil.

Essa solução visa preencher o espaço entre as faixas 1 e 2 (voltadas para famílias de renda mais baixa) e o mercado imobiliário tradicional, que, nos últimos anos, tem se mostrado inacessível para a classe média. 

Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, essa inclusão é uma resposta a uma demanda reprimida, criando condições mais acessíveis para a compra de imóveis de médio porte. 

Jader Filho também mencionou que essa ação busca ajudar a resolver a crise no setor imobiliário, tornando a moradia mais acessível sem afetar o mercado privado.

Embora a inclusão da classe média no programa seja uma boa notícia para muitos, a grande dúvida é: qual o impacto dos subsídios de juros? 

O efeito dessa diferença nas taxas de juros pode afetar a economia de maneira geral, prejudicando quem não está no programa. 

Ou seja, o spread bancário - a diferença entre as taxas subsidiadas e as de mercado - pode fazer com que empréstimos pessoais, financiamentos fora do MCMV e até crédito para veículos fiquem mais caros.

Outro ponto de crítica é que a faixa 4 pode ser vista como uma jogada populista, especialmente em um cenário de baixa popularidade do governo. 

Além disso, a alocação de R$18 bilhões para subsídios exige uma estratégia bem definida para que o programa não cause pressões inflacionárias ou desequilibre outras áreas da economia do país. 

Ainda falando sobre mudanças, o governo federal também anunciou a criação de linhas de crédito específicas para reformas, com um aporte de R$3 bilhões provenientes do Fundo Social. 

Essas linhas visam oferecer condições mais acessíveis para famílias que buscam realizar melhorias em seus imóveis, sem precisar recorrer a financiamentos com taxas de juros mais altas ou opções menos vantajosas no mercado.

Investidores do mercado imobiliário brasileiro estão entre os mais ricos

O número de bilionários no mundo não para de crescer. Atualmente, são 3.028 bilionários, com um total impressionante de 16,1 trilhões de dólares em fortunas, segundo a Forbes.

No entanto, a alta do dólar afetou a presença dos brasileiros na lista, com apenas 55 nomes figurando entre os mais ricos. 

Curiosamente, pelo menos cinco deles têm forte ligação com o mercado imobiliário.

A participação do mercado imobiliário no ranking de bilionários

Em nível global, o impacto do setor imobiliário é significativo, com 54 bilionários cujas fortunas estão relacionadas à Construção Civil e Engenharia.

Um desses nomes é Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e do Grupo ACS, um dos maiores conglomerados de construção da Espanha, com uma fortuna de 3,4 bilhões de dólares.

A dona da maior fortuna neste setor é Diane Hendricks, fundadora e CEO da ABC Supply, uma empresa atacadista de materiais de construção. 

Imagem de Diane Hendricks, CEO da ABC Supply.

Com uma riqueza avaliada em 21,9 bilhões de dólares - aproximadamente R$127 bilhões -  Hendricks ocupa um lugar de destaque, sendo uma das 406 mulheres na lista geral e parte das 113 bilionárias que alcançaram esse status com empresas próprias

Na lista geral, 67% dos bilionários são “self-made” (feitos por si mesmos).

No segmento de Real Estate, há 206 nomes na lista de bilionários. Entre eles, destaca-se o de Donald Trump, com 5,1 bilhões de dólares

Trump recebeu de seu pai, Fred Trump, o controle da The Trump Organization, que atua no desenvolvimento de imóveis residenciais, hotéis e resorts.

Mas o nome mais valioso dessa categoria é o de Harry Triguboff, empresário à frente da Meriton, gigante australiana da construção civil. 

Triguboff, conhecido como o "Harry dos Arranha-Céus", fundou a Meriton em 1963 e tem uma fortuna avaliada em 19,1 bilhões de dólares (aproximadamente R$109 bilhões).

Quem são os bilionários brasileiros?

José Isaac Peres, fundador da Multiplan, é um dos bilionários brasileiros com forte presença no mercado imobiliário. 

Com uma fortuna de 1,1 bilhão de dólares - cerca de R$6,3 bilhões - Peres é pioneiro no setor de shopping centers de alto padrão no Brasil, com projetos como o Barra Shopping (RJ), Morumbi Shopping (SP) e BH Shopping (MG). 

Em 2023, a Multiplan alcançou R$512,5 milhões de lucro líquido, com uma receita de R$2,5 bilhões.

Outro nome importante é Rubens Menin, fundador da MRV Engenharia, a maior construtora do Brasil. 

A MRV tem grande destaque no segmento de habitação popular, beneficiada pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Menin, com uma fortuna de 1,5 bilhão de dólares, ou R$8,6 bilhões, também é fundador do Banco Inter e sócio controlador da CNN Brasil.

Em relação à família Ermírio de Moraes, o Grupo Votorantim se destaca pela atuação no mercado imobiliário, apesar de ser mais voltado para cimento, mineração e outros setores industriais. 

Os herdeiros José Roberto Ermírio de Moraes, José Ermírio de Moraes Neto e Neide Helena de Moraes, com fortunas de 1,3 bilhão de dólares cada, são parte do conglomerado que também tem investimentos na indústria farmacêutica e em outros segmentos

Em 2024, a Votorantim reportou lucro líquido de R$2,17 bilhões.

Quais são as três cidades mais lucrativas para o mercado imobiliário?

Se você está de olho no mercado imobiliário brasileiro, sabe que a escolha da cidade para investir ou negociar imóveis é um dos fatores-chave para o sucesso. 

Pensando nisso, o Índice de Demanda Imobiliária (IDI-Brasil), elaborado pela Sienge do Grupo Softplan, trouxe um panorama detalhado das cidades com maior atratividade para o setor imobiliário no Brasil. 

A pesquisa, divulgada na última terça-feira (08), revelou as três cidades mais procuradas em diferentes faixas de renda.

São Paulo, Goiânia e Curitiba: as líderes no mercado imobiliário

O estudo avalia as cidades em três categorias de renda familiar: baixa (até R$12.000/mês), média (de R$12.000 a R$24.000/mês) e alta (acima de R$24.000/mês). 

Cada uma dessas faixas traz à tona diferentes características do mercado imobiliário e apresenta oportunidades específicas para investidores e compradores.

No segmento de alto padrão, voltado para famílias com rendas superiores a R$24.000 mensais, São Paulo continua sendo a grande líder, com a maior atratividade para o setor imobiliário. 

A cidade se destaca pela grande demanda e pela variedade de opções de imóveis de luxo que atendem a um público exigente. 

Já para quem tem uma renda familiar inferior a R$12.000, Curitiba se destaca como a cidade mais atrativa do Brasil. 

A capital paranaense, conhecida pelo seu planejamento urbano eficiente e qualidade de vida, se mostra como uma excelente opção para quem busca imóveis com bom custo-benefício. 

Goiânia e Fortaleza completam o ranking dessa faixa, com destaque para a acessibilidade dos imóveis e a boa infraestrutura dessas cidades.

A atratividade das cidades é medida em uma escala de 0 a 1, sendo que as notas mais altas indicam que a cidade oferece mais oportunidades no mercado imobiliário. 

A pesquisa considerou um total de 77 cidades brasileiras, todas com grande potencial para o setor, mas as top 3 se destacaram em cada faixa de renda.

Confira os detalhes de cada faixa de renda, com as notas que refletem a atratividade de cada cidade: 

Renda familiar baixa (até R$12.000/mês):
● Curitiba (PR): 0,89
● Goiânia (GO): 0,83
● Fortaleza (CE): 0,80
● São Paulo (SP): 0,78
● Recife (PE): 0,74
Renda familiar média (entre R$12.000 e R$24.000/mês):
● Goiânia (GO): 0,85
● São Paulo (SP): 0,83
● Rio de Janeiro (RJ): 0,73
● Brasília (DF): 0,67
● Curitiba (PR): 0,65
Renda familiar alta (acima de R$24.000/mês):
● São Paulo (SP): 0,83
● Goiânia (GO): 0,82
● Fortaleza (CE): 0,69
● Brasília (DF): 0,69
● Belo Horizonte (MG): 0,69

A 'praia' do Centro-Oeste: Itapema tem luxo e valorização

Imagem da Praia de Itapema, em Santa Catarina.

Em busca do primeiro lugar no ranking das cidades mais valorizadas do mercado imobiliário, Itapema alcançou o preço médio do metro quadrado de R$13,5 mil, de acordo com o FipeZAP.

O município do litoral norte de Santa Catarina apresentou ainda um VGV (Valor Geral de Vendas) superior a R$1,2 bilhão, segundo informações do aplicativo DWV.

E não por coincidência, a cidade foi escolhida para ser a casa do empreendimento de luxo Edify One, com unidades que chegam a R$49 milhões e VGV de R$600 milhões.

No empreendimento, 70% dos investidores vêm do agronegócio, o que pode ser considerado o maior exemplo do movimento que está impulsionando a efervescência imobiliária da cidade.

Um dos principais motivos pelo crescente interesse em imóveis em Itapema é o estilo de vida e os valores que a cidade oferece, atraindo cada vez mais o público rural e do setor agrícola.

O Edify One conta com a NR Sports entre seus sócios, a renomada empresa que cuida da carreira de Neymar, gerenciando sua imagem, contratos e novos negócios.

Localizado na região mais valorizada de Itapema, o empreendimento está sendo construído na esquina da Avenida Beira-Mar com a Rua 307. 

O projeto contará com 60 apartamentos, variando de 264 metros quadrados a um triplex impressionante de quase 1.000 metros quadrados.

Com 41 andares e 32 mil metros quadrados de área construída, o Edify One oferece 2,7 mil metros quadrados dedicados à área de lazer, distribuídos em dois pisos. 

Entre as opções de lazer, estão uma piscina de transbordo, spa, wine room, pub, salão de jogos, sauna, lounges ao ar livre e uma academia com vista para o mar.

A garagem foi projetada para carros esportivos, com vagas equipadas para carregamento de veículos elétricos, e a segurança do empreendimento será garantida por um sistema inteligente de monitoramento com inteligência artificial. 

A entrega está prevista para dezembro de 2028. 

Imóveis ficam 2% mais caros no primeiro trimestre de 2025

Os preços dos imóveis residenciais à venda subiram 1,87% no primeiro trimestre deste ano, conforme o Índice FipeZAP de Venda Residencial, divulgado em março. 

A grande surpresa foi João Pessoa, capital da Paraíba, que liderou as altas, com um aumento de 6,07% no preço dos imóveis só em 2023.

Para contextualizar, o IGP-M, o índice conhecido como o "índice do aluguel", teve uma alta de 0,99% no período. Já a inflação ao consumidor, medida pelo IPCA até fevereiro e sua prévia de março, registrou 2,12%.

Essa valorização abrangeu 54 das 56 cidades monitoradas, incluindo 21 das 22 capitais

Além de João Pessoa, entre as maiores altas do trimestre estão Salvador (BA), com 5,52%, e Vitória (ES), que teve um avanço de 5,44%. Em Aracaju (SE), os preços caíram 0,94% no período.

Em março, o preço médio dos imóveis residenciais à venda subiu 0,60%, uma desaceleração em comparação com fevereiro, quando o aumento foi de 0,68%. 

As unidades de um dormitório tiveram o maior crescimento mensal, com alta de 0,65%. Já os imóveis com quatro ou mais dormitórios tiveram a menor valorização, de 0,48%.

O preço médio do metro quadrado, calculado pelo índice, foi de R$9.185/m² em março.

No mês de março, João Pessoa se destacou novamente, liderando as altas com um aumento de 2,22%, seguida por Salvador com 1,69% e Natal, 1,49%. Por outro lado, Maceió registrou uma queda de 0,42%.

Entre as capitais, Vitória (ES) foi a cidade com o metro quadrado mais caro, atingindo R$12.920/m², seguida por Florianópolis (R$12.126/m²) e São Paulo (R$11.497/m²). 

Em Vitória, por exemplo, para adquirir um apartamento de 50 metros quadrados, seria necessário investir mais de meio milhão de reais, aproximadamente R$646 mil.

Já nas cidades analisadas, o destaque vai para Balneário Camboriú (SC), onde o metro quadrado alcançou R$14.334. Para comprar um imóvel de 50 metros quadrados lá, o valor médio é de R$716,7 mil.

Cidade Valor/m² (R$)
Balneário Camboriú 14.334
Itapema 13.848
Vitória 12.920
Itajaí 12.376
Florianópolis 12.126
São Paulo 11.497
Barueri 11.044
Curitiba 10.936
Rio de Janeiro 10.459
Belo Horizonte 9.835
Brasília 9.655

Em relação à valorização anual, o índice FipeZAP apontou uma alta de 8,13% no preço dos imóveis nos últimos 12 meses. 

Os imóveis de um dormitório foram os que mais se valorizaram, com um aumento de 9,28%, enquanto as unidades com quatro ou mais dormitórios apresentaram a menor variação, de 6,29%.

Em termos de valorização acumulada, Salvador liderou com um impressionante aumento de 19,62%, seguido por João Pessoa (18,39%) e Vitória (15,95%).

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