Minha Casa, Minha Vida para mulheres: principais benefícios

De empreendimentos de luxo em alta a programas habitacionais mais inclusivos, o mercado imobiliário reflete tanto o aquecimento econômico quanto mudanças nos perfis de consumo e nas prioridades das famílias brasileiras.

Mesmo com uma leve queda no crédito imobiliário em fevereiro, o cenário geral continua positivo, com mais pessoas buscando realizar o sonho da casa própria. 

Enquanto isso, cidades mais interativas e humanizadas ganham espaço nos projetos e nas preferências de quem quer mais qualidade de vida no dia a dia.

Além disso, políticas públicas também ganham atenção, como no caso do Minha Casa, Minha Vida, que agora conta com benefícios ampliados para mulheres, reforçando seu papel social e sua importância no acesso à moradia digna.

Neste artigo, você confere um panorama completo sobre essas tendências e dados recentes que estão moldando o futuro do mercado imobiliário.

Assuntos que você irá encontrar: 

• Mercado imobiliário de alto padrão segue em crescimento no Brasil;
• Mercado imobiliário aposta em cidades mais interativas e inclusivas;
• Crédito imobiliário segue em alta no ano, apesar da queda em fevereiro;
• Alta nas vendas de luxo em Porto Alegre supera o mercado;
• Minha Casa, Minha Vida para mulheres: veja os principais benefícios.

Mercado imobiliário de alto padrão segue em crescimento no Brasil

O mercado imobiliário de alto padrão no Brasil está vivendo um ótimo momento. Com alto crescimento e muitas inovações nos últimos anos, esse segmento vem ganhando cada vez mais destaque e se valorizando no cenário nacional.

De acordo com um levantamento da Brain Consultoria Estratégica, só em 2023 o setor de imóveis de luxo no Brasil teve um crescimento expressivo. 

São Paulo foi a grande protagonista, concentrando cerca de 40% de toda a demanda por esse tipo de imóvel no país.

O que está por trás desse boom no mercado de alto padrão?

Entre os principais fatores, estão a busca por imóveis mais amplos, confortáveis e seguros. 

A praticidade aliada à exclusividade virou prioridade para quem está disposto a investir em qualidade de vida. 

Segundo especialistas do setor, há uma migração para imóveis com design diferenciado, localização estratégica e infraestrutura avançada. 

Ou seja, casas e apartamentos que priorizam a tecnologia e a inovação tendem a ser cada vez mais procurados.

A pandemia também deixou sua marca no comportamento dos compradores. Privacidade e segurança viraram palavras de ordem, e o conceito de luxo passou a incluir sustentabilidade, contato com a natureza e soluções tecnológicas.

Além disso, projetos com foco em construções sustentáveis e tecnologia vêm se destacando no mercado. 

Imóveis com eficiência energética, uso de materiais recicláveis e sistemas inteligentes de gestão de recursos estão cada vez mais valorizados, tanto por compradores quanto por investidores.

Falando em investidores, o mercado de imóveis de luxo no Brasil também está atraindo olhares de fora. 

A participação de estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos, Europa e Oriente Médio, tem crescido, impulsionada pela boa rentabilidade e pelas oportunidades nas principais cidades brasileiras.

Mercado imobiliário aposta em cidades mais interativas e inclusivas

A forma como a gente vive, trabalha e se conecta com a cidade está mudando, e o mercado imobiliário está acompanhando de perto essa transformação.

A tendência agora é mais áreas verdes, mais convivência e menos muros. Tudo isso com um toque de tecnologia e planejamento inteligente.

Cidades que incentivam a vida ao ar livre, o contato com outras pessoas e o uso dos espaços públicos estão ganhando cada vez mais destaque. E essa virada de chave tem nome: urbanismo humanizado.

Bairros planejados como Pedra Branca e Viva Park, em Santa Catarina, e o Parque Una, no Rio Grande do Sul, mostram como é possível criar ambientes urbanos mais acolhedores e interativos.

O conceito usado por esses projetos faz parte do movimento Somos Cidades, que tem como principal objetivo transformar ruas e praças em extensões da casa, oferecendo mais segurança, bem-estar e qualidade de vida no dia a dia.

O sucesso de empreendimentos urbanos mais humanizados mostra que essa tendência veio para ficar. 

A receptividade dos consumidores a esse novo modelo de cidade demonstra que ele é vantajoso tanto para quem busca um novo lar quanto para quem investe no setor. 

Com a vida cada vez mais digital e as interações sociais migrando para o online, cresce a necessidade de espaços urbanos que incentivem a presença física, o convívio e o resgate da vida em comunidade.

Além disso, essa mudança de mentalidade atinge todas as faixas etárias, especialmente as crianças, que já não têm mais o costume de brincar nas ruas como antigamente. 

Ou seja, criar cidades que ofereçam segurança, acessibilidade e oportunidades reais de interação se tornou uma urgência. 

É um novo jeito de pensar o planejamento urbano, colocando as pessoas no centro de tudo.

Crédito imobiliário segue em alta no ano, apesar da queda em fevereiro

Mesmo com uma leve queda em fevereiro, os financiamentos imobiliários no Brasil seguem em ritmo acelerado. 

Os contratos realizados com recursos da caderneta de poupança somaram R$12,74 bilhões no segundo mês de 2025 - uma redução de 5,5% em relação a janeiro. 

Ainda assim, esse foi o melhor resultado já registrado para um mês de fevereiro, de acordo com dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Na comparação com fevereiro do ano passado, o desempenho é ainda mais positivo, com um crescimento de 21,8%. 

Além disso, o saldo do primeiro bimestre confirma a tendência de alta, com R$26,2 bilhões financiados, um avanço de 30,7% em relação ao mesmo período de 2024.

Se olharmos para o acumulado dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, o número impressiona ainda mais: R$192,8 bilhões em financiamentos, representando um crescimento de 28,3% frente aos 12 meses anteriores.

Já quando o assunto é quantidade de imóveis, o mercado também mostra força. Só em fevereiro, foram 36,3 mil unidades financiadas nas modalidades de aquisição e construção. 

Embora o número represente uma queda de 5,9% em relação a janeiro, ele é 18,7% maior do que o registrado em fevereiro de 2024.

No acumulado do primeiro bimestre, 74,8 mil imóveis foram financiados com recursos da poupança, um crescimento de 27,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. 

E nos últimos 12 meses, o total de imóveis financiados chegou a 584,2 mil unidades. Ou seja, um avanço de 21,9%.

Poupança sente o peso do início do ano

No entanto, enquanto o crédito imobiliário se mantém aquecido, a poupança teve um mês de fevereiro mais tímido. 

A captação líquida foi negativa em R$5,1 bilhões, o que significa que os saques superaram os depósitos no período. 

Esse é um comportamento típico do início do ano, quando muitas famílias precisam arcar com despesas como IPTU, IPVA e materiais escolares.

Mesmo assim, o saldo total da poupança fechou o mês em R$757,2 bilhões, praticamente estável em relação a janeiro.

A perda foi pequena, apenas 0,04%, porque o crédito dos rendimentos compensou boa parte da saída de recursos. Na comparação com fevereiro de 2024, o saldo cresceu 3%.

Alta nas vendas de luxo em Porto Alegre supera o mercado

Enquanto boa parte do mercado imobiliário sente os impactos da alta dos juros, o setor de imóveis de luxo em Porto Alegre continua aquecido.

De acordo com dados do Secovi-RS, as vendas de imóveis de alto padrão na capital gaúcha cresceram cerca de 50% nos últimos cinco anos, um avanço que é o dobro do registrado no mercado geral de residenciais.

Esse desempenho positivo é explicado por uma combinação de fatores. Um deles é que, nesse segmento, o impacto dos juros é menor, já que o perfil do comprador costuma ser mais estável financeiramente e menos dependente de financiamentos. 

Além disso, a oferta de lançamentos de alto padrão aumentou, assim como a demanda por imóveis com melhor infraestrutura e potencial de valorização a longo prazo.

Ainda segundo o Sindicato, imóveis de luxo são aqueles comercializados por valores acima de R$2 milhões. 

Em 2024, foram vendidas 425 unidades desse tipo em Porto Alegre, contra 282 em 2019, o que representa um crescimento de mais de 50%. 

No mesmo período, o total de imóveis residenciais vendidos, somando todos os padrões, cresceu 24,43%, saltando de 15.390 para 19.150 unidades.

Especialistas do setor apontam que o consumidor de imóveis de luxo é mais preparado financeiramente. 

Em outras palavras, com maior estabilidade e educação financeira, esse público consegue se planejar melhor, sem depender tanto de crédito imobiliário ou composições complexas de renda. 

Isso dá mais segurança na hora de comprar, mesmo em cenários econômicos com juros elevados.

Outro ponto que impulsiona esse segmento é a evolução da infraestrutura dos empreendimentos. 

Os novos lançamentos trazem projetos mais sofisticados, com áreas de lazer completas, sacadas amplas, uso de materiais como madeira ecológica e concreto aparente, além de um cuidado maior com paisagismo e design assinado. 

Esses diferenciais contribuem para a valorização do metro quadrado e tornam os imóveis ainda mais atrativos para um público exigente.

Vale destacar que o valor de venda não é o único critério para classificar um imóvel como de luxo. Entram na equação elementos como exclusividade, alto padrão de acabamento, técnicas construtivas diferenciadas e assinatura de arquitetos e designers renomados.

Apesar de uma leve retração nas vendas em 2024 em comparação a 2023, essa queda foi menor no segmento de alto padrão, o que reforça a resiliência dos imóveis de luxo. 

Especialistas acreditam que esse comportamento está ligado ao volume de lançamentos e à percepção dos imóveis como uma forma segura de investimento.

Em uma entrevista para o jornal gaúcho Zero Hora, para Eber Pires Marzulo, professor da Faculdade de Arquitetura da UFRGS e especialista em planejamento urbano, o imóvel de luxo passou a ocupar um espaço importante nas estratégias de diversificação de investimentos, tanto por parte das incorporadoras quanto dos próprios compradores. 

Em tempos de juros altos, quem tem reservas busca aplicações mais estáveis, e o mercado imobiliário aparece como uma opção confiável.

Além do apelo emocional e do estilo de vida que os imóveis de luxo oferecem, o setor se fortalece como uma alternativa sólida de investimento com potencial de valorização no longo prazo. 

E ao que tudo indica, Porto Alegre segue firme como um dos polos mais promissores nesse cenário.

Minha Casa, Minha Vida para mulheres: veja os principais benefícios

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV) é um dos programas habitacionais mais importantes do país. 

Criado em 2009 pelo governo federal, ele tem como objetivo facilitar o acesso à moradia para famílias de baixa renda, oferecendo condições de financiamento mais acessíveis.

Desde então, o programa passou por diversas reformulações para se adaptar à realidade econômica e social do Brasil.

Em 2024, o programa foi atualizado novamente, e desta vez, com um olhar especial para as mulheres. 

As novas regras reconhecem o papel central que muitas mulheres exercem como chefes de família e buscam ampliar o acesso delas à casa própria, promovendo mais equidade no setor habitacional.

Para 2025, o Minha Casa, Minha Vida continua destinado a famílias com renda bruta mensal de até R$ 8 mil, divididas em três faixas principais:

As condições de financiamento variam de acordo com a faixa de renda e também com a localização do imóvel. 

Ou seja, regiões diferentes podem contar com valores máximos distintos para os imóveis financiados, assim como benefícios específicos.

Além disso, famílias que se enquadram nas faixas mais baixas de renda podem receber subsídios maiores e acessar condições facilitadas de pagamento.

As mulheres, especialmente aquelas que são responsáveis pelo sustento da casa, têm prioridade em diversas etapas do programa, o que torna essa iniciativa ainda mais relevante para a promoção da autonomia e segurança habitacional.

O programa também se destaca por dar prioridade a famílias que nunca tiveram imóvel próprio ou que vivem em situação de vulnerabilidade social. 

Entre os grupos atendidos com preferência, estão mulheres chefes de família, idosos, pessoas com deficiência e outros perfis que enfrentam maiores desafios no acesso à moradia.

As mulheres responsáveis pelo sustento da casa contam com prioridade no programa. 

Isso significa que, além de estarem entre os primeiros grupos a serem atendidos, elas também podem acessar condições de financiamento facilitadas.

Em muitos casos, o programa oferece taxas de juros mais baixas, tornando o financiamento mais acessível e sustentável ao longo do tempo.

O objetivo é garantir que essas mulheres possam conquistar um lar seguro e estável para suas famílias, algo essencial para promover mais autonomia e qualidade de vida.

Como se inscrever no Minha Casa, Minha Vida para mulheres?

Para participar do programa, é preciso atender a alguns critérios básicos. Veja os principais requisitos:

Passo a passo para se cadastrar no programa habitacional

Confira como fazer o cadastro no Minha Casa, Minha Vida:

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