Os diversos contratempos e até mesmo as dificuldades de organização financeira enfrentadas por milhares de brasileiros que buscam a concretização do sonho da casa própria, os levam a procurar condições que possam impactar positivamente na gestão dessas contas.
Dentre as soluções encontradas, a de portabilidade de financiamento imobiliário se destaca por possibilitar uma amortização de valores mediante a troca da instituição financeira responsável pela manutenção do crédito.
Pensando nisso, reunimos as principais informações sobre como realizar a portabilidade do financiamento, quais as possíveis vantagens e desvantagens e melhores dicas para uma escolha assertiva do banco, capacitando-o para a orientação de seus clientes.
Assuntos que você irá encontrar:
- O que é a portabilidade de financiamento imobiliário?
- Quem pode realizar essa transferência?
- Como fazer a portabilidade do financiamento imobiliário?
- É vantajoso fazer portabilidade de financiamento imobiliário?
- Como escolher o melhor banco para realizar a transferência?
O que é a portabilidade de financiamento imobiliário?
A portabilidade do financiamento imobiliário é o tipo de ação que concretiza a mudança da dívida para uma instituição financeira diferente.
Na prática, costuma ocorrer após uma extensa e ampla pesquisa e da descoberta de bancos que possam ofertar cláusulas e requisitos para pagamentos flexíveis, com uma taxação mais vantajosa do que a inicialmente adotada.
Dessa maneira, resulta em valores e mensalidades que possam ser mais saudáveis para o bolso do consumidor, que se vê frente a um compromisso de quitação que irá perdurar por longos períodos.
Esse é um direito que nem todos estão cientes, mas que, com o tempo, tem sido evidenciado e também adotado enquanto medida que visa proteger e salvar a saúde financeira de milhares de brasileiros.
Quem pode realizar essa transferência?
De forma geral, qualquer instituição financeira de crédito que seja ligada ao Sistema Financeiro Nacional é autorizada a receber financiamento ou fazer a portabilidade.
E, quanto aos moradores, esse tipo de operação pode incluir também aqueles que sejam funcionários públicos, aposentados, autônomos, trabalhadores CLT ou beneficiários do INSS.
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Como fazer a portabilidade do financiamento imobiliário?
O primeiro passo a ser tomado consiste na organização e cálculo de todas as taxas, valores e prestações ainda em aberto.
Não há um período que seja mais indicado para realizar a ação de portabilidade, portanto, o ideal é que o morador consiga, a partir de sua gestão financeira, ter uma boa compreensão da economia a ser aplicada para poder visualizar se essa ação irá de fato ter um bom resultado.
É preciso ainda considerar que, apesar de os bancos não poderem fazer cobrança pela troca, essa mudança envolve algumas taxas, entre elas:
- Análise da propriedade por parte da nova instituição escolhida;
- Valor do registro em cartório;
- Custo efetivo total (encargos, impostos e demais tarifas que se juntam aos juros contidos nas mensalidades do financiamento).
Ao apresentar essa solicitação ao banco que originalmente é o credor desse financiamento, haverá, por parte da instituição, a emissão de uma contraproposta, com o intuito de fazer com que o acordo seja mantido.
A análise dessa proposição deve ocorrer com cautela, já que, no fim das contas, pode sim ser mais vantajosa, fazendo com que seu cliente evite toda a burocracia e demais responsabilidades que estão relacionadas com a transferência.
Mas, caso avalie e permaneça com a decisão sobre a portabilidade, é preciso sinalizar a este credor, que irá enviar os dados para o banco escolhido para poder realizar uma minuciosa avaliação dos termos e firmar ou não este novo acordo.
E, mesmo que esse pedido seja recusado, a organização é obrigada por lei a informar os motivos que a levaram a negar a solicitação.
Essa ação só passa a estar concluída mediante a assinatura e registro em cartório dos novos contratos.
Desse modo, um importante ponto a ser sinalizado é a do direito do consumidor de fazer esse pedido de troca de financiamento em mais de uma ocasião, se necessário.
Em resumo, estas são as etapas a serem firmadas:
- Pedido ao banco contratado para realizar o envio da documentação a ser analisada pelo consumidor, sendo elas: contrato, valor atualizado das parcelas em aberto e data da última quitação a ser feita;
- Cálculo dos saldos, vencimentos e de possíveis taxas aplicadas;
- Simulação da portabilidade com diferentes instituições, para conhecer as ofertas disponibilizadas;
- Análise e decisão pela renegociação ou portabilidade do financiamento imobiliário;
- Envio do pedido para os bancos, que farão a transferência das documentações e contratos.
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É vantajoso fazer portabilidade de financiamento imobiliário?
Optar pela portabilidade de financiamento imobiliário pode ser vantajosa, já que, em muitos casos, significa uma expressiva economia com relação a mensalidades e despesas atreladas à transação, que, somadas, resultam em um melhor gerenciamento das finanças do morador.
Todos os cenários precisam ser estudados a fundo para a adoção da possibilidade mais vantajosa. E o acompanhamento das próprias tendências do mercado imobiliário precisa ocorrer, já que em períodos de taxas mais amenas, como a taxa selic, essa transferência pode ser positiva.
Outro ponto a ser considerado é o de tempo restante de contrato. Caso o cliente já tenha quitado a maioria das parcelas, a mudança nem sempre é recomendada.
Em geral, dentre os principais benefícios, podemos listar:
- Redução do valor da mensalidade;
- Adesão a condições e taxas mais vantajosas.
Já sobre os possíveis ônus, temos:
- Necessidade de pagamento de custas dessa transação, que irá variar conforme o porte e avaliação do imóvel;
- O fato de que a instituição contratada tem o direito de analisar novamente a propriedade, com o intuito de atualizar os seus valores, o que pode gerar um aumento no valor final do financiamento.
Como escolher o melhor banco para realizar a transferência?
A orientação para escolha da melhor instituição financeira a receber a portabilidade deve ser pautada em alguns direcionamentos essenciais, já que precisa ser de fato vantajosa aos clientes, quando comparada ao contrato em vigência.
A etapa inicial consiste em começar a pesquisar por bancos com o qual esse consumidor já possua uma conta.
Desta maneira, ele já terá uma relação previamente estabelecida e essa conexão é uma das condições que as organizações utilizam para apresentar um novo cálculo de dados, taxas e vencimentos.
Mas, não deixe de auxiliá-lo a realizar simulações com outros órgãos, sempre comparando as facilidades que estão sendo oferecidas.
Outros fatores a serem examinados envolvem a qualidade do atendimento e suporte oferecido, a clareza dos dados e informações apresentados e se há possibilidade de contar com a tecnologia e a digitalização de processos para que esse cliente possa resolver tudo online, de maneira facilitada.
E, dentre a documentação que pode ser exigida aos seus clientes, estão:
- Cópia do contrato em vigência;
- Dados pessoais, como nome completo, RG, CPF e endereço;
- Taxas de correção das mensalidades que estão em aberto.
É importante que todos esses esclarecimentos sejam prestados aos clientes, que veem na portabilidade de financiamento imobiliário uma chance vantajosa para a manutenção dos seus pagamentos. E, enquanto corretor do ramo, é necessário estar sempre atento e pronto para fornecer as principais instruções.
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