As ruas de Porto Alegre com mais imóveis vendidos em 2025

Imagem aérea do Monumento ao Expedicionário, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Ao que tudo indica, o mercado imobiliário da capital gaúcha está super aquecido. Isso porque algumas ruas da cidade têm se destacado pela quantidade de imóveis vendidos

Esse crescimento nas vendas reflete tendências regionais e nacionais, que incluem uma crescente demanda por imóveis em locação e mudanças no perfil de quem busca alugar ou comprar.

Falando em aluguel, Belém teve um disparo no valor das locações e se tornou a segunda cidade com os aluguéis mais caros do país.

Além disso, a locação de curta duração - ou short stay - se consolida como uma excelente oportunidade para quem busca rentabilidade, especialmente em cidades que atraem um grande número de turistas ao longo do ano.

Se interessou pelas mudanças que estão acontecendo no mercado imobiliário? Continue a leitura!

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Aluguel em Belém dispara e se torna o segundo mais caro do país

Imagem do centro de Belém, capital do estado de Pará.

Você pode até imaginar que São Paulo lidera o ranking dos aluguéis mais caros do Brasil, certo? 

Mas o que talvez você não esperasse é que Belém (sim, a capital paraense) já ocupa o segundo lugar no país, de acordo com o índice FipeZAP de março de 2025.

Com o metro quadrado para locação chegando a R$57,29, Belém ultrapassou cidades como Rio de Janeiro e Florianópolis, ficando atrás apenas de São Paulo, onde o valor médio é de R$59,83/m². 

E o mais curioso? Esse movimento aconteceu antes mesmo da COP30, a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas, marcada para novembro na cidade.

Apesar disso, em entrevista à revista Exame, a economista Paula Reis, do DataZAP, afirma que o evento ainda não impactou os aluguéis de longa duração. 

Segundo ela, o verdadeiro “boom” deve ocorrer no setor de aluguel por temporada e hospedagem, onde já é possível encontrar anúncios com diárias altíssimas para o período da COP.

Aluguel sobe e fica acima da inflação

Em março, o índice FipeZAP apontou uma alta de 1,15% no aluguel residencial, acumulando 3,22% no primeiro trimestre, desempenho acima do IPCA (0,56%) e do IGP-M (0,34%). 

Destaque para cidades como Vitória (3,29%), Campo Grande (3,06%) e Teresina (2,36%), com as maiores variações no mês.

Além disso, o estudo também revelou que investir em imóveis para locação continua atrativo. A rentabilidade média foi de 5,88% ao ano, com destaque para unidades de 1 dormitório, que entregam até 6,59%.

Entre as capitais, Manaus (8,39%), Belém (8,37%) e Recife (8,18%) lideram o ranking de rentabilidade. Já cidades como Vitória (4,29%) e Curitiba (4,52%) aparecem no fim da lista.

Confira a lista das cidades com a maior rentabilidade no mês de março:

Capital Rentabilidade do aluguel (% ao ano)
Manaus8,39%
Belém8,37%
Recife8,18%
São Luís7,96%
Natal7,78%
Cuiabá7,60%
Salvador7,39%
Campo Grande7,36%
João Pessoa6,83%
Maceió6,71%
Porto Alegre6,69%
São Paulo6,22%
Goiânia6,04%
Brasília5,93%
Aracaju5,78%
Rio de Janeiro5,75%
Florianópolis5,59%
Teresina5,40%
Belo Horizonte5,09%
Fortaleza4,77%
Curitiba4,52%
Vitória4,29%

Imóveis usados dominam as buscas em São Paulo

Se você atua no mercado imobiliário paulista - ou se interessa por ele - aqui vai um dado que confirma uma tendência que muita gente já percebeu no dia a dia: os imóveis usados são os queridinhos dos clientes em São Paulo

Segundo um levantamento da startup Compre & Alugue Agora, 85% das buscas são por imóveis de segunda mão, enquanto apenas 7,15% demonstram preferência por imóveis novos.

Além disso, a pesquisa mostra que os consumidores estão, cada vez mais, em busca de imóveis populares, que representam 39% da demanda

Em seguida vêm os imóveis de médio padrão (29%), comerciais (25%), e apenas 2,95% focam no alto padrão. Os dados foram colhidos em mais de 200 imobiliárias, tanto na capital quanto no interior paulista.

Outro ponto importante revelado pelo estudo: o custo do condomínio é um dos fatores mais relevantes na hora de fechar negócio. 

Para 78% dos profissionais entrevistados, esse é um critério decisivo para os clientes. Apenas 7% acreditam que o valor raramente influencia na escolha.

Mesmo com a intensa movimentação, o mercado ainda enfrenta alguns desafios. Para 42% dos profissionais, o excesso de oferta é o maior obstáculo para vender ou alugar. 

Já outros apontam preços acima da realidade (28%), além da dificuldade de financiamento e dos juros altos (14% cada).

Aluguel em alta e financiamento ainda dominante

Apesar dos desafios, o financiamento imobiliário ainda é o principal meio de aquisição de imóveis, representando 75% das transações. Já o pagamento à vista aparece em 25% das negociações.

O destaque final vai para o setor de aluguel que permanece em alta, representando 85,7% das operações no mercado imobiliário. A compra de imóveis fica com apenas 15,3%.

Locação de curta duração: veja as melhores cidades para investir

Se você atua no mercado imobiliário ou está de olho em novas oportunidades de investimento, vale dar atenção à locação de imóveis por curta duração.

Essa modalidade, que vem ganhando força no mercado brasileiro, em muitos casos, pode gerar rentabilidade de até 27% ao ano.

Assim como acontece nos apps de transporte, os preços das diárias são dinâmicos e seguem a lógica da demanda. 

Altas temporadas, eventos, shows e festivais fazem os valores dispararem, o que aumenta o lucro para o proprietário do imóvel.

De acordo com um levantamento da consultoria Referência Capital, os destinos mais lucrativos hoje para quem investe em imóveis de curta duração são: São Paulo, Rio de Janeiro, Balneário Camboriú, Itapema, João Pessoa e São Miguel dos Milagres.

Nessas cidades, a rentabilidade média varia entre 6,5% e 15% ao ano, podendo ultrapassar os 20% em casos específicos, especialmente com imóveis pequenos e bem localizados em áreas de alto fluxo turístico ou comercial.

Os imóveis mais buscados para esse tipo de locação são estúdios e apartamentos de até dois dormitórios.

Hospitais, shoppings, universidades, estádios e centros de eventos são locais que atraem turistas e viajantes de negócios, e elevam a procura por hospedagens alternativas. 

Um exemplo? Em Perdizes, bairro de São Paulo, durante o show da Taylor Swift no Allianz Parque, a diária de um imóvel de R$500 mil chegou a R$1.200.

O litoral catarinense também aparece como destaque. Investidores compram imóveis de 1 ou 2 dormitórios para alugar em datas como o Réveillon, que é tradicionalmente forte na região. 

Em Balneário Camboriú, o preço do m² já ultrapassa R$14 mil, com valorização de 11,16% em 12 meses. Já Itapema, cidade vizinha, teve alta de 10,27% e tem o segundo m² mais caro do Brasil.

Quanto às plataformas de locação, o Airbnb continua sendo a plataforma mais popular para esse tipo de locação, mas empresas como a Charlie vêm ganhando espaço. 

A startup já opera mais de 2,5 mil apartamentos em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, com taxa média de ocupação de 80% e rentabilidade entre 8% e 10% ao ano, segundo o fundador Allan Sztokfisz.

Especialistas alertam para o risco de financeirização do mercado imobiliário

A compra em massa de imóveis para locação de curta duração, especialmente por fundos e investidores sem vínculo local, pode esvaziar bairros e reduzir a oferta para moradia tradicional

Cidades como Nova York e Barcelona já impõem restrições severas ao aluguel por temporada.

Segundo o professor Valter Caldana, da FAU Mackenzie, esse tipo de prática pode gerar uma “cidade oca”, onde imóveis são tratados como ativos financeiros, e não como espaços para viver.

Geração X lidera a busca por aluguel no Brasil

Imagem de um corretor de imóveis entregando as chaves da casa para o novo inquilino.

O aluguel de imóveis residenciais vem ganhando força no Brasil - e não é só entre os mais jovens. 

De acordo com o Anuário DataZAP, a Geração X, formada por pessoas entre 41 e 60 anos, representa 45% dos locatários no país, liderando com folga o ranking por faixa etária.

A pesquisa, realizada com mais de 2.800 pessoas em 2024, confirma um dado já apontado pelo IBGE: 1 em cada 5 brasileiros moram em domicílio alugado, número que subiu de 12,3% em 2000 para 20,9% em 2022. 

O motivo? Uma combinação de fatores econômicos e de estilo de vida.

Com a Selic ainda elevada, o acesso ao crédito para financiamento imobiliário continua desafiador

Segundo Coriolano Lacerda, gerente de inteligência de mercado do Grupo OLX, a tendência é que mais brasileiros optem pelo aluguel em 2025, adiando a compra da casa própria diante da dificuldade de obter crédito acessível. 

O perfil de quem aluga:

● 64% são mulheres;
● 84% pertencem às classes B e C, com renda média mensal de R$ 6.587,70;
● 53% têm pets, especialmente cães (38%) e gatos (20%);
● A média de idade dos locatários é de 48 anos;
● 58% têm filhos e 46% vivem em união estável ou casamento.

Quando o assunto é a decisão de alugar um imóvel, o fator mais determinante é, sem surpresa, o preço acessível, sendo considerado relevante por 99% dos entrevistados. 

Mas a escolha do imóvel ideal vai além do valor da locação. Aspectos como a quantidade de dormitórios (mencionada por 87% dos respondentes) e o tamanho da área privativa (69%) também pesam bastante na balança.

Além disso, a segurança da região aparece como um diferencial importante para 26% das pessoas, enquanto as características internas do imóvel, como acabamento, iluminação e ventilação, são levadas em conta por 25% dos locatários. 

Esses dados revelam que, mais do que apenas caber no bolso, o imóvel precisa fazer sentido na rotina e nas prioridades de quem está buscando um novo lugar para viver.

O aluguel se fortalece especialmente entre quem busca mobilidade, praticidade e custo-benefício

Ou seja, morar perto do trabalho, ter fácil acesso a comércios e serviços e poder mudar com mais facilidade são vantagens que têm pesado cada vez mais na decisão.

Além disso, o segmento de médio e médio-alto padrão tende a crescer, impulsionado por um público que busca conforto, mas com flexibilidade, um combo que a locação entrega melhor do que a compra.

Ruas de Porto Alegre com mais imóveis vendidos no início de 2025

O mercado imobiliário de Porto Alegre começou 2025 com o pé no acelerador. 

Uma pesquisa realizada por uma empresa do setor imobiliário mostrou as ruas com a maior quantidade de imóveis vendidos nos primeiros meses do ano. 

Entre os meses de janeiro e fevereiro, a Rua Casemiro de Abreu, no bairro Rio Branco, liderou o ranking de vendas, com 100 imóveis comercializados no período. No total, foram mais de 3,1 mil imóveis registrados na prefeitura da capital

Outras quatro vias também se destacaram pela quantidade de vendas. A Rua Anita Garibaldi, no bairro Boa Vista, registrou 43 transações, seguida pela Avenida Antônio de Carvalho, no Jardim Carvalho, com 26, Avenida Assis Brasil, no Sarandi, 24, e Rua Mariz e Barros, no Petrópolis, totalizando 23 transações. 

O número elevado de vendas nessas ruas está diretamente relacionado à entrega de novos empreendimentos nos últimos meses, o que impulsionou a movimentação nessas regiões. 

Além disso,o estudo também revela que o movimento não está concentrado em uma única área. 

Ruas de bairros tradicionais e valorizados, como Rio Branco e Boa Vista, dividem espaço com regiões que têm atraído novos empreendimentos, como Jardim Carvalho e Sarandi.

Entre as 20 ruas com maior volume de vendas, os bairros que mais se repetem são Petrópolis, Centro Histórico e Rio Branco, confirmando o apetite do mercado por imóveis em diferentes perfis de localização.

Tíquete médio varia de R$ 123 mil a R$ 3,17 milhões

A Avenida Soledade, no bairro Petrópolis, registrou 17 vendas e se destacou pelo maior tíquete médio da cidade, chegando a R$3,17 milhões. 

Na outra ponta, a Rua dos Maias, localizada no bairro Santa Rosa de Lima, teve 15 transações e o menor tíquete médio: R$123,6 mil.

Portanto, esse contraste mostra a diversidade do mercado da capital gaúcha, que oferece oportunidades tanto para o segmento de alto padrão quanto para compradores em busca de imóveis mais acessíveis.

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